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Elétrico x combustível.
Os custos de manutenção de um carro elétrico podem ser até 10 vezes menores que o de um carro à combustão, porém, o valor de aquisição do carro elétrico é muito superior ao de um carro à combustão. Os carros elétricos possuem também um número de peças bem menor que o de um carro convencional, onde o convencional tem em média 2.400 peças, e o elétrico cerca de 250.
Em um motor à combustão, a produção de força e energia nunca é uniforme, pois os componentes ligados ao pistão causam problemas de equilíbrio mecânico e diversos acessórios são necessários para resolver estes problemas, tornando o motor pesado. Estes problemas não existem em um motor elétrico, pois ele trabalha com a ajuda de um campo magnético gerado pelo estator, o que possibilita o controle da velocidade apenas com o ajuste da frequência da potência injetada. Esse controle é o que garante a produção uniforme de potência e velocidade.
Motores elétricos ainda não precisam de um sistema de exaustão, o que ajuda a reduzir bastante os níveis de ruído e têm-se um aproveitamento de 95% da energia. Uma tabela breve pode mostrar o comparativo entre os motores e as vantagens com relação ao motor elétrico.
Uma das principais vantagens do carro elétrico, é a não emissão de gases de efeito estufa. De acordo com o estudo feito pela UCorp, uma startup brasileira de tecnologia e soluções de mobilidade corporativa focada em veículos elétricos, um veículo à gasolina, por exemplo, emite em média 150 gramas de gás carbônico por quilômetro rodado, isso sem contar os demais gases poluentes emitidos durante o uso. Após 20 mil quilômetros rodados, um carro à combustível chega a produzir 3 toneladas de gás carbônico, enquanto um elétrico produz apenas 70kg.
Uma vantagem que o carro à combustão ainda tem com relação ao elétrico, além do custo de aquisição, é o tempo de abastecimento/recarga, onde um carro convencional pode ser abastecido em 5 minutos, enquanto um carro elétrico pode levar até 1 hora apara atingir a carga total.
Embora os postos de abastecimento de combustíveis ainda sejam largamente mais difundidos no Brasil do que as estações de recarga e eletropostos, desde 2018 há diversos projetos em andamento com o intuito de expandir os pontos de carregamento em áreas urbanas e rodovias, como por exemplo a Volvo, que fechou parceria com a rede de estacionamentos Estapar e com a empresa de soluções energéticas Enel X para a criação da primeira rede de recarga semipública para veículos híbridos e elétricos do País. Serão 250 carregadores instalados em aproximadamente 100 pontos espalhados nas regiões sul, sudeste, nordeste e Distrito Federal.
O custo para ter a bateria ou o tanque cheio pode ser bem diferente. Por mais que a eletricidade varie de acordo com a concessionária de energia, ela ainda é mais barata que a gasolina e a despesa para percorrer uma mesma distância pode ser até 3 vezes menor para o carro elétrico.
Exemplificando para ficar mais fácil de entender, um carro à combustão para percorrer 200 quilômetros, considerando um consumo de 10 quilômetro por litro, e a gasolina a um custo de R$ 6,50 por litro, irá gastar cerca de R$ 130,00.
No carro elétrico, o equivalente ao consumo de quilômetro por litro é o quilômetro por quilowatt-hora (kWh). Este valor pode ser obtido dividindo a autonomia do veículo pela capacidade total da bateria. Por exemplo, um carro com autonomia de 360 quilômetros e capacidade total de 60 kWh terá um consumo de 6 quilômetros por kWh. Em Novo Hamburgo-RS, o custo atual do kWh está em média R$ 1,39, e com isso, para percorrer os mesmos 200 quilômetros, teria um gasto de R$ 46,33. Podemos resumir esse comparativo em uma tabela, como abaixo.
Ainda com todas as vantagens do carro elétrico, o que mais interfere na hora da escolha do consumidor, é o custo de aquisição do mesmo. Bateria, células de energia, inversor e o dólar, são, basicamente, os itens mais caros de um carro elétrico. Apesar disso, no ano de 2020, as vendas de carros elétricos deram um salto comparado com 2019, 19.745 mil carros emplacados, contra 11.858 em 2019.
De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), os impostos aplicados sobre o carro elétrico já caíram bastante no Brasil. Antes, o imposto de importação era de 35% e, em 2015, foi para zero no carro elétrico e 2% no híbrido. O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) era de 25% e, em 2019, baixou para 9%, em média. Em países da Europa, os veículos com mais eficiência energética pagam menos impostos e, no Brasil, acontece o oposto. Aqui, um automóvel com motor a combustão que percorre entre 10 e 12 quilômetros por litro paga 7% de IPI. Já um carro híbrido, que roda 25 quilômetros por litro chega a pagar até 15%. Vencer as barreiras fiscais então é um dos maiores problemas para quem pretende adquirir um carro elétrico, porém, temos um grande custo com relação a bateria, que representa de 30 a 35% do custo total do carro.
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Fontes:
Volvo faz parcerias para instalar 250 carregadores de elétricos e híbridos. Disponível em: <https://carros.ig.com.br/2021-02-14/volvo-faz-parcerias-para-instalar-250-carregadores-de-eletricos-e-hibridos.html>.
Carro elétrico X Combustão. Disponível em: <https://www.terra.com.br/parceiros/guia-do-carro/carro-eletrico-x-combustao-qual-custa-menos-para-manter,bf175b4861f3a0f7e9bdf8ba222a1bdduf03c7uu.html>.
UCorp realiza comparativo entre veículos elétricos e a combustão. Adivinha quem ganhou? Disponível em: <https://www.autodestaque.net.br/ucorp-realiza-comparativo-entre-veiculos-eletricos-e-a-combustao-adivinha-quem-ganhou/>.